Escola de Escrita

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Uma tarde na Toscana

[um conto de Layla Gabriel de Oliveira] Uma tarde na toscana  Layla Gabriel de Oliveira  Quando Roberto se mudou eu arranquei a persiana da sala e deixei sem cortinas. A persiana estava quebrada já fazia não sei quanto tempo e não abria mais, o que deixava a sala permanentemente no escuro. Agora, quando o sol …

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O Mosquito

[um conto de Maurício de Olinda] O diminuto ponto zanzando no ambiente era o mosquito Quinta-feira, pois caso nascesse amanhã, seria sexta-feira. Este pretinho era um prodígio, autodidata, amadurecido. Como acontece a todos os pequenos gênios, os outros mosquitinhos, com sua mesma idade de minutos, o deixavam solitário, remoendo-se no próprio zunido. Escutava-se e detestava-se, …

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Narciso

[um conto de João Pedro Minto Russo] Ninguém sabe de onde ele veio. Era como se sempre tivesse estado ali. Seu domínio era a curva do lago. Não falhava em sua patrulha por um dia sequer. Era altivo e preciso, seus movimentos calculados para o menor desperdício. Assim o chamamos pelo hábito de se admirar …

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A noite estrelada

[um conto de Karina de Souza Barbosa] Já não tenho mais disposição para os assuntos lá de fora. Aqui dentro é calmo, silencioso e posso olhar para a noite, para dentro de mim. Cada vez mais, para dentro de mim. Desta janela, eu consigo ver a vida, mesmo adormecida.   A noite azulada tem o movimento …

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juneau

[um conto de Marcelo Wilinski] palitou os dentes antes de vestir a carapuça, por muito tempo não poderia mais deixar o rosto à vista. sorte que a tenho, caso contrário não estaria nem aqui, beijar outro homem por dinheiro algum, disse o homem de terno. o homem de vestido, mais despojado, via a arte como …

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Sete dias de fúria

[um conto de Paulo Eduardo Gonçalves] quinta-feira Não há esperança para minha literatura. Nas aulas de escrita, as fêmeas secundam umas às outras como amazonas em uma falange, com o firme propósito de não consumir qualquer produto de criação masculina. Exceto, segundo uma delas, o legítimo couro de homem de que é feito suas botas. …

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De como um evento na Liberdade, em 1964, resultou nos refinados hábitos de um cirurgião de reputação duvidosa

[um conto de Luana de Salles Penteado] Não possuo profundidade. E nem estou sendo autocrítico nessa análise de mim mesmo, posto que a minha falta de profundidade nada mais é do que um fato literal. Um papelzinho – esse sim tridimensional, ainda que de profundidade rasa – contém minha existência absolutamente plana. É claro que …

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